Direção: Krzysztof Kieslowski
Roteiro: Krzysztof Kieslowski;
Krzysztof Piesiewicz
Valentine é uma jovem modelo que um dia atropela uma cachorrinha e, preocupada, sai em busca de seu dono. É quando conhece o homem que mudará a sua vida: um juiz aposentado que passa os dias espionando as conversas telefônicas de seus vizinhos.
Comecei a trilogia pelo fim. Não sei por que, mas acho que
eu deveria ter começado pela ordem: A
Liberdade é Azul e A Igualdade é
Branca. De qualquer forma, valeu mesmo assim.
A Fraternidade é Vermelha
é um filme complicado, que exige atenção para os mínimos detalhes e do início
ao fim, pois ele é carregado de metáforas e informações que nos são dadas aos
poucos.
Por fim, é mais provável ter dúvidas do que certezas. Ou
quase-certezas.
A metáfora da vida do juiz, em paralelo ao do outro
personagem cuja história é similar à sua. A cena em que a modelo bebe sua água,
na igreja, mesmo local onde ela voltará, ao procurar a cadela. O copo quebrado
no boliche. A câmera que, da mesma posição, é capaz de mirar os apartamentos
dos dois personagens, que não se encontram durante o filme. O que tudo isso
quer nos dizer?
Talvez, que a vida se construa nos pequenos detalhes, que se
repetem constantemente, e que ocupam os mesmos espaços, mesmo que em tempos
diferentes. Praticamente uma metafísica, que nos faz ver que somos unidos por
uma força cósmica, incontrolável, que não se manipula - ou não – mesmo que se
tenha o controle das informações da vida de cada um. Um contexto que nos torna
irmãos – fraternos - unidos pelo lanço sanguíneo - vermelho!
Realmente parece confuso. E é. Mas talvez o segredo se
resuma em uma dica: “basta existir”.
Tenho certeza que ainda existem muito mais metáforas e
respostas dentro desse filme. Feliz daquele que conseguir encontrá-las. Mas,
não deixa de ser feliz aquele que as procura.
Minha nota: 8,4
IMDB: 8,1
ePipoca: 8,6
Quem gostou desse filme, pode gostar de:
Download: